Friday, May 12, 2006

O Homem que fez o Mundo sonhar...

Walt Disney...

Pioneiro nos campos da animação, elevou-a ao estatuto de arte e dotou-a de um novo significado: a animação passara a ser vista como uma nova forma de ensinar e educar. Alvo de duras críticas por apresentar em seus filmes uma versão idealizada da realidade, quando tudo que buscava era um refúgio para a cruel verdade humana. A força e a persistência fariam da sua obra uma arte intemporal aclamada pelo mundo...

Durante os anos da sua infância e adolescência, nada daria a entender o que o futuro havia reservado para o filho mais novo de Elias e Flora Disney, Walter Disney passara sempre por uma criança comum, igual a tantas outras.
Seu pai forneceu-lhe o modelo de persistência e determinação que mais tarde viria a demonstrar; já a sua mãe alimentou o seu gosto pela arte e o seu espírito carismático; o seu contacto com a natureza de Marceline e com as estórias de alguns dos seus habitantes, viria a definir muitas das suas obras.

Desde pequeno que Walt transparecia o seu espírito artístico e criativo. Adorava desenhar e o seu talento para tal era visível, tão visível que muitas vezes as aulas entediantes eram trocadas por deliciosos rabiscos e esboços nos cadernos.
Os seus rompantes de génio e a sua natureza inquisitiva, conquistavam até os adultos mais invulgares: os seus olhos, expressivos e sedentos de saber, levavam as pessoas a partilhar com ele, as suas estórias e vivências. Walt tinha guardada consigo uma enorme colecção de memórias fascinantes. Contudo a realidade que o rodeava era bem diferente. Com a família em dificuldades, cedo foi obrigado a trabalhar, algo que o transformou num jovem experiente e ávido de conquista. No entanto, o trabalho cansativo e esgotante acabaria por resultar em notas medíocres no liceu.

A infância complicada e a educação austera do pai fizeram com que, anos mais tarde, Walt desenvolvesse um perfeccionismo doentio e uma política laboral exigente que, cedo, afastaria os funcionários menos dedicados. Apesar de tudo, Walt nunca mostrou sinais de desistência ou fraqueza, muito pelo contrário, os obstáculos pareciam desenvolver nele uma enorme vontade de lutar e de ser bem sucedido.
O optimismo e espontaneidade de Disney, abriram caminho para um mundo que há muito admirava - o mundo do espectáculo.

Mais uma vez, a criatividade do jovem surpreendera tudo e todos, quando decidiu mascarar-se de Presidente dos EUA e decorar o respectivo papel. Naquele momento, Disney sentiu pela primeira vez algo que o motivaria para o resto da sua vida: aplausos e reconhecimento.
Era cada vez mais evidente, Walt Disney havia nascido para a arte, aquele era o seu dom.
Dedicou grande parte do seu tempo a explorar as suas capacidades de representação e desenho, estava cada vez mais empenhado no aperfeiçoamento das suas técnicas.

No que respeita a representaçao, Disney havia já escolhido um modelo a seguir: Charles Chaplin. A sua admiração pelo herói do cinema mudo incentivou-o a dar passos mais ousados: sem o conhecimento do pai, Walt escapulia pela janela do quarto para ir representar peças cómicas a teatros locais e pequenos bares. A determinação de Disney ajudou-o mais uma vez, numa destas escapadelas, o pai seguiu Walt, assistiu ao seu espectáculo e apercebeu-se imediatamente do talento do filho.
Walt conseguira finalmente a permissão do pai para frequentar o Instituto de Artes da Cidade do Kansas e depois de tentativas falhadas de entrar para o exército, de esquemas mirabolantes para ganhar dinheiro, Walt encontrara a sua certeza: a sua carreira seria baseada na arte comercial.

Começou a produzir curtas-metragens para empresários locais, mas uma série de fracassos deixaria Disney na bancarrota. Era hora de fazer as malas, reunir as suas ideias e planos inacabados e rumar em direccção a Hollywood, onde Roy Disney, irmão mais velho de Walt, esperava por ele com a mesma simpatia e admiração que sempre nutriu pelo irmão. Juntamente com Roy, cerca de 250 dólares aguardavam também ansiosamente pela sua chegada.

Disney era um homem que arriscava sem hesitar. Não deixava passar oportunidades e não tinha medo de apostar naquilo em que acreditava. Os fracassos de anos anteriores haviam ensinado Walt a não ter medo de falhar. O entusiasmo e confiança em si próprio, e nos outros, colocariam Walt Disney na trilha do sucesso.

Apesar disso, Walt Disney nunca foi a típica estrela de Hollywood: não frequentava os núcleos mais badalados do cinema; odiava os jantares e bailes de etiqueta, tentando manter-se sempre longe das objectivas. Socializar para ele era incrivelmente chato e entediante, na maioria das vezes dominava as conversas, deixando todos à sua volta boquiabertos com a descrição dos seus sonhos e aventuras fantásticas. No entanto, trocaria todo o glamour de Hollywood por um simples jantar na companhia da sua mulher Lilly e das suas filhas, Diane e Sharon.

"Alguém sempre sorridente e agradável", era assim considerado pelos Media da altura, contudo por detrás dessa imagem social estava um homem sério e exigente no trabalho. Walt não aceitava nada menos do que o melhor; não tolerava a preguiça e o comodismo, conduzindo o trabalho na empresa de maneira frenética e esgotante. Tornava-se muitas vezes obsessivo com pequenos detalhes no seu trabalho, a perfeição era vital. Apesar de raramente mostrar as suas emoções, a sua obsessão pelo trabalho acabaria por ser levada do estúdio para casa.
Lilly rapidamente se apercebeu de que não era o único amor na vida de Walt Disney, ele estava profundamente envolvido com o seu trabalho e objectivos.

Em casa Walt sempre se mostrou de extrema afectuosidade para com as crianças e para com a sua mulher, Lilly. Esforçou-se por ser um pai presente e carinhoso; por dar atenção a familiares e amigos; por dar incondicional amor à sua esposa, tarefas das quais se mostrou capaz. Mas era inevitável que muitas vezes convívios familiares fossem destruídos com a frase "Desculpem! Mas tenho uma coisita para tratar no estúdio" e que, horas depois, Lilly fosse acordada a meio da noite pelo marido, que mais uma vez perdera a noção do tempo.

Homem brilhante, cuja genialidade consistia no facto de ser capaz de imaginar algo no seu todo;
Homem que fez da determinação e força de vontade armas para lutar;
Homem que acreditava nos valores da conquista e do mérito próprio;
Homem que plantou sonhos e esperanças em milhões de corações...
Homem que de ninguém se fez alguém...
Walt Disney, uma misteriosa combinaçao de pessoas e acontecimentos fizeram dele um dos Homens mais criativos do século XX.


Mais informação sobre Walt Disney:

Uma Biografia Detalhada


Uma Biografia contada por aqueles que viviam perto de Walt Disney

Labels:

Saturday, May 06, 2006

O "Novo Mundo" chega hoje às salas de cinema


Estreou hoje, nos cinemas de todo o país, “O Novo Mundo”, um filme épico que narra a arrebatadora história de Pocahontas. Esta superprodução foi escrita e realizada por Terrence Malick (Barreira Invisível) e fazem parte do seu elenco nomes tão sonantes como Collin Farrell, Christopher Plummer e Christian Bale. Já o papel principal pertence a uma actriz de estatuto pouco conhecido, mas com um nome tão ou mais sonante que os seus colegas de elenco: com apenas 16 anos, Q’orianka Kilcher revelou o seu talento ao desempenhar o papel de Pocahontas no filme.

A história tem início no ano de 1607, quando uma expedição britânica constituída por 103 homens parte, em três pequenos navios, rumo ao Novo Mundo, em busca de fama, glória e acima de tudo... riqueza. Entre os membros da expedição está Jonh Smith (Collin Farrel), um tempestuoso veterano de guerra.

Após a luta com o oceano desconhecido, os colonos chegam ao Novo Mundo: desembarcam em James River, na Virgínia, e estabelecem aí a colónia de Jamestown. Apesar da beleza da atmosfera que os rodeia, a tripulação, constituída maioritariamente por aristocratas mal preparados, depressa se apercebe da austeridade do lugar: as condições de vida na colónia degradam-se rapidamente. John Smith é então encarregue de liderar uma expedição em busca de mantimentos.

Durante esta exploração, os colonos apercebem-se de que aquele não é um mundo novo, mas sim uma terra antiga pertencente aos nativos da tribo de Powhatan. Aqui, os dois mundos encontram-se pela primeira vez; aqui Jonh Smith tem o primeiro contacto com Pocahontas (Q’orianka Kilcher), a filha do chefe da tribo; aqui, tem início uma das mais lendárias “estórias” de amor que o mundo já ouviu falar.

O filme não só foca as complexas relações entre Pocahontas, Jonh Smtih e o aristocrata, Jonh Rolfe (Christian Bale), mas também o violento conflito, provocado pelo choque de duas culturas diferentes. São explorados temas actuais e controversos como a ignorância e a intolerância e são nos dados a conhecer os laços de amizade e de amor que sustentam esta lenda há mais de 400 anos...


Sites consultados para a elaboração do artigo:
The New World Movie (Site Oficial)
CineCartaz do Público

Blogs com críticas e opiniões sobre o filme:
Gonn1000
Hollywood

Newsletters com informação mais detalhada sobre o filme:
NewLine Movies
IMDB

RSS com notícias e actualizações sobre o filme:
Movies Go
Cinema PTGate

Labels: